23 novembro 2006

Francisco contempla o presepio!

Sua maior intenção, seu desejo principal e plano supremo era observar o Evangelho em tudo e por tudo, imitando com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os "passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina". Estava sempre meditando nas suas palavras e recordava seus actos com muita inteligência.


Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão, que nem queria pensar em outras coisas.Precisamos recordar com todo respeito e admiração o que fez no dia de Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte.


Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado na sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito. Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: "Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro".


Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu imediatamente e preparou o que o santo tinha dito, no lugar indicado. Aproximou-se o dia da alegria e chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os irmãos: homens e mulheres do lugar, de acordo com suas posses, prepararam cheios de alegria tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro.


Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade.A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em sua alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava.


O santo parou diante do presépio e suspirou, cheio de piedade e de alegria. A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote que a celebrou sentiu uma piedade que jamais experimentara até então.O santo vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o santo Evangelho. De fato, era "uma voz forte, doce, clara e sonora", convidando a todos às alegrias eternas. Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes,-quando queria chamar o Cristo de Jesus, chamava-o também com muito amor de "menino de Belém", e pronunciava a palavra "Belém" como o balido de uma ovelha, enchendo a boca com a voz e mais ainda com a doce afeição.


Também estalava a língua quando falava "menino de Belém" ou "Jesus", saboreando a doçura dessas palavras.Multiplicaram-se nesse lugar os favores do Todo-Poderoso, e um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa.Guardaram a palha usada no presépio para que o Senhor curasse os animais, da mesma maneira que tinha multiplicado sua santa misericórdia.


De fato, muitos animais que padeciam das mais diversas doenças naquela região comeram daquela palha e tiveram um resultado feliz. Da mesma sorte, homens e mulheres conseguiram a cura das mais variadas doenças.O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai Francisco e dedicaram uma igreja, para que, onde os animais já tinham comido o feno, passassem os homens a se alimentar, para salvação do corpo e da alma, com a carne do cordeiro imaculado e não contaminado, Jesus Cristo Nosso Senhor, que se ofereceu por nós com todo o seu inefável amor e vive com o Pai e o Espírito Santo eternamente glorioso por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia

Tomás de Celano – Primeiro Livro (Fontes Franciscanas)

21 novembro 2006

O TAU na vocação Franciscana
TAU é uma cruz com a forma da letra grega TAU (T). Além de ser um símbolo Bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao "T" em Português.

Na Bíblia o "Tau" foi utilizado pelo profeta Ezequiel: "E a glória de Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, e passou para a entrada da casa e clamou ao homem vestido de linho branco, que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura. E disse-lhe o Senhor: passa pelo centro de Jerusalém e marca com um Tau as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem na cidade". (Ez 9-3,4)

O Tau é a mais antiga grafia em forma de cruz e significa Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem.


O Tau, é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade, significam o encontro entre o Céu e a Terra. Divino e Humano.


Em 1215 o Papa Inocêncio III prega um novo símbolo cristão e São Francisco, estando presente neste reunião, assume o Tau como símbolo de sua Ordem Religiosa: a Ordem dos Frades Menores.


Santa Clara, quando tratava dos doentes e enfermos com a imposição do TAU, invocava a Deus que curasse aqueles que padeciam e sofriam.


No Tau de São Francisco há três nós representando seus votos perante a Deus: Pobreza, Obediência e Castidade.


Significado do Tau


  • Lembrança da Redenção, da Cruz, do Amor.

  • Sinal de penitência e conversão interior.

  • Sinal de dor pelos pecados do mundo.

  • Rumo a uma espiritualidade sadia.

  • Recordação do nosso baptismo.

  • Filhos de Deus.

  • Sinal dos que sofrem.

  • Sinal de Salvação.


S. Francisco selava o que escrevia com o TAU, para significar a densidade do amor de Deus, concretizada na Cruz do Cristo, sinal de Salvação.

07 novembro 2006


Anjos de Cristo!

Passamos a vida a queixando-nos do mal que a vida nos trás mas,
quando algo de bom nos acontece achamos sempre pouco!
Escrevo estas linhas revoltado com o que se passou com os nossos queridos irmãos dos Leigos para o Desenvolvimento em Moçambique!
Como é possivel, fazer mal a um anjo, à face de cristo que nos sorri que nos dá a sua vida,
quando decidiram partir, os nossos irmãos em cristo, apenas pensaram no bem que iriam trazer a quem deles precisava, e viram a face do terror...
Deve ser desolador ser morto por quem estamos a proteger e a quem demos a nossa vida...
Mas ao mesmo tempo deve ser muito libertador, dar a vida por alguém, ir para junto Dele quando nos demos profundamente a ele...
Francisco deu-se dessa forma, o próprio Cristo deu-se inteiramente por nós...
Como somos capazes de coisas tão terriveis, quando sabemos que, se quisermos, somos capazes das coisas mais belas?!...
Porque não usamos mais o amor???
Tudo seria mais fácil...
Descansem em Paz Anjos do Senhor, que Ele vos proteja e vos guarde é o que peço...

31 outubro 2006


RUÍDO...

Vivemos num mundo onde impera o ruído, tudo nos desvia dos desígnios de Deus!
Relativisamos todas as ideias, todos os sentimentos,
tudo é reduzido a palavras, números!
Para esta sociedade de ruído, não importa se esses número representam seres humanos,
importam apenas os lucros, a felicidade momentânea...
É hora de valorizarmos a vida, de nos regermos pelo amor...
Há dias em que nem conseguimos sentir a vida correr-nos nas veias,
vivemos como máquinas que apenas seguem o seu caminho de todos os dias,
numa procura incessante de mais dinheiro, de mais falsa felicidade...
É IMPORTANTE DIZER-MOS BASTA!!!

SOMOS PELO AMOR, PELA VIDA...

POR TI QUE NOS MOSTRASTE O AMOR SUPREMO...

Perdoa-nos pelos momentos de fraqueza e ajuda-nos a enfrentar a vida com um sorriso nos lábios...

16 fevereiro 2006










Continuo a Teu lado...

04 fevereiro 2006


Pode ser prudente parar aqui e reflectir esta palavra "amor". O amor é a coisa mais preciosa no céu e na terra. O amor é da própria natureza de Deus, e é o primeiro mandamento da vida humana. O que é?
As definições são terrivelmente pouco românticas, mas procuremos uma: Amar alguém é querer, desejar o que é bom para ele ou para ela. Dizermos "querer" e "desejar" em vez de "dar" poruqe podemos não ser realmente capazes de dar aquilo que a pessoa gostari. Uma mãe não pode dar saúde ao seu bebé moribundo; um amigo não poderealmente dar o dom da fé a outro; por vezes não podemos oferecer dinheiro, porque nós próprios não temos nenhum. mas em todos estes casos pode, mesmo assim, haver amor generoso e profundo: Queremos que os nossos entes amados tenham essas coisas...
nem sempre podemos dar aos outros aquilo que eles desejam. Temos que fazer um discernimento sobre o que é realmente bom. uma mãe não deixa um filho comer meio litro de gelado porque a criança o quer devorar. Um amigo não compra cocaína para outro, nem lhe arranja uma amante. Contudo o amor verdadeiro não é "disciplinar" e autoritário, impondo valores aos outros.
O amor dá o que o outro precisa: fisicamente, emocionalmente, espiritualmente, humanamente. Amar é estar alerta e preocupar-se com as necessidades dos outros, ser generoso e desinteressado para as satisfazer... (estracto do t.p.c dos mensageiros de Assis)
...................
Amar, é ser capaz de anular o nosso querer em prol do nosso próximo, é ser capaz de, como Cristo, dar a vida por quem nos cruza o caminho...
O exemplo do nosso J.C. é uma historia de entrega, de sofrimento divino, um sofrimento aceite na sua plenitude, para que nós possamos ser assim: felizes e livres! Capazes de fazer coisas belas e profundas.
A vinda de Cristo para o nosso meio foi a maior prova de amor de Deus para connosco! Ele doou-nos o seu filho! Imaginem o sofrimento de doar o nosso filho, dar a nossa vida por seres que são capazes de ser tão injustos!
Se calhar a maioria dos seres humanos, são pessoas que, para nós simples mortais, não merecem perdão ou sequer um sorriso! Mas para Ele bastou que existisse um de nós com bom coração para que o sacrificio de Si próprio, em Seu filho, valeu a pena.
Esse é o Amor verdadeiro, um amor de Pai, que acredita sempre na salvação dos seus filhos...
O Amor é Ele:
Cristo, que morreu na cruz para depois ressuscitar mostrando-nos que há esperança, que nem tudo na vida é mau...
Vivam alegres no Seu Amor...

14 janeiro 2006